São Carlos Lwanga e seus 21
companheiros sofreram o martirio durante o reinado de Mwanga. Por volta do ano
1885. O rei reuniu a corte numa manhã dando uma ordem estranha: "Todos
entre vocês que não têm intenção de rezar podem ficar aqui ao lado do trono; aqueles,
porém, que querem, rezar reúnam-se contra aquele muro". O chefe dos
pagens, Carlos Lwanga, foi o primeiro a seguir até o muro, sendo seguido por
outros quinze. O rei perguntou então, mas vocês rezam de verdade?. Sim meu
senhor, nos rezamos. respondeu Carlos em nomes dos companheiros que ficara a
noite toda rezando. Querem continuar rezando?. Sim meu senhor, até a morte.
Então, matem-nos, decidiu bruscamente o rei, dirigindo-se aos algozes. Rezar,
tinha-se tornado sinônimo de ser cristão, e era absolutamente proibido no reino
de Mwanga, rei de Buganda, região que atualmente faz parte da Uganda.
Carlos Lwanga foi o primeiro a ser
assassinado, foi queimado lentamente a começar pelos pés. Kalemba Murumba, foi
abandonado numa colina com as mãos e os pés amputados, morrendo de hemorragia.
André Kagua, foi decapitado e o último João Maria, f02 de Junho - São Marcelino
e São Pedro.
São Marcelino era sacerdote e São
Pedro cumpria o ministério de exorcista. Foi relatado por São Damasco que
quando menino ouviu do próprio carrasco dos Santos o relato da morte deles. O
algoz referiu que havia disposto a decapitação dos dois no centro de um bosque
justamente para não ficar nenhuma lembrança: ambos tiveram de limpar com as
próprias mãos a pequena superfície que ia banhar-se de sangue.
Os corpos desses mártires ficaram
escondidos por algum tempo, numa límpida gruta, até que, impulsionada pela
devoção, Lucila, piedosa matrona, deu-lhe digna sepultura. Desde 1751 a
basílica dos santos Marcelino e Pedro, edificada sobre alicerces que parecem
remontar à segunda metade do século IV e onde se encontra talvez a morada de um
dos dois santos titulares, esta localizada onde avia Labicana cruza com a via
Merulana , nas proximidades de São João de Latrão e Santa Maria Maior. Foi lançado
em um pântano.
São Carlos Lwanga e os 21 mártires
ugandenses, foram beatificados por Bento XV e canonizados por Paulo VI no dia
18 de outubro de 1964, na presença dos padres do Concílio Vaticano II, e o
próprio Paulo VI consagrou em 1969 o altar do grandioso santuário que surgiu em
Namugongo, onde os três pajens guiados por Carlos Lwanga quiseram rezar até a
morte.
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