Interessante
que muitos vão dizer que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus,
partindo-se dessa premissa e se esse for o mesmo Homem Moderno como nós o
conhecemos, então Deus era Negro. Muitas pessoas desde criança questionam, por
que os homens criados a imagem e semelhança de Deus são tão diferentes entre
si? Por que há Brancos, Negros, Amarelos etc.? Os Brancos, Amarelos e Índios
são “mutações” do homem original Negro.
Resumindo o trabalho tanto de Langaney quanto de Sforza: se
existem diferenças genéticas entre grupos étnicos, elas
estão somente na freqüência com que cada gene ou grupos de genes se apresentam
nas diversas populações. O que faz, então, com que os etíopes tenham a pele
escura, enquanto os belgas têm pele clara? Ainda é cedo para esperar uma
resposta definitiva, mas hoje há um consenso de que as diferenças são
circunstanciais. “Provavelmente, uma simples questão de clima”, explica
Langaney. Do ponto de vista bioquímico, por
exemplo, não existem classificações como brancos, negros e amarelos: apenas
pessoas com menos ou mais melanina. É essa substância, presente nas
camadas profundas da epiderme, que responde pela coloração da pele, dos cabelos
e dos olhos. Quanto mais melanina, mais escura a pele.
Ainda não conseguimos explicar o mecanismo de incidência do sol
na coloração da pele, nem como isso se transfere hereditariamente, mas sabemos
muito bem, por outro lado, que a síntese da vitamina D depende diretamente dos
raios ultravioleta”, revela Langaney. Presentes em maior quantidade nas zonas
tropicais, esses raios são menos absorvidos por peles escuras do que pelas
claras. A falta de vitamina D, por sua vez, causa raquitismo. “Basta uma
simples olhadela no mapa-múndi para notar que, geograficamente, de acordo com a
região em que se estabeleceram, as populações são menos ou mais claras.” Antes
das grandes migrações que, a partir do século XVI, marcaram a história da
humanidade, todos os grupos de pele mais escura se situavam nas zonas tropicais, enquanto
os mais claros são sempre aqueles próximos das latitudes mais altas. Ao
mesmo tempo, zonas intermediárias, como as Filipinas ou a Índia, são ocupadas
por pessoas de cores igualmente intermediárias.
Segundo a teoria mais aceita atualmente, os homens que migraram
da África Central ou do Oriente Próximo em direção ao norte teriam mudado de
cor de pele para melhor absorver os raios ultravioleta . Assim, escapariam à
ameaça do raquitismo, já que o Sol aparecia menos por lá do que nas terras de
onde, supõe-se, vieram.
Além disso, tudo leva a crer que as
diferenças de cor que notamos entre um negro e um asiático, por exemplo,
ocorreram há pouco tempo na escala de desenvolvimento da humanidade. Principalmente quando comparadas com
características essenciais: é quase certo que o código genético que determina
que todos tenham 4,5 metros quadrados de pele antecedeu em muito o que
determina a coloração da pele. Para usar o mesmo exemplo, a
cor da pele parece levar de 20.000 a 40.000 anos para se modificar.A
conclusão vem do fato de a América ter sido povoada, a partir da Ásia do Norte,
há não mais de 40.000 anos. Este intervalo teria sido suficiente para que a
incidência solar dos trópicos fizesse efeito e escurecesse as populações que
ali se estabeleceram, os ameríndios. “E o que são 40.000 anos diante dos 4
milhões de anos que forjaram biologicamente a espécie humana?”, pergunta
Langaney.
Assim como a cor da pele, as estaturas também parecem estar ligadas
ao tipo de meio ambiente eleito por uma população. E não deve ter sido necessário muito mais
tempo do que o gasto nas mudanças de cor para que populações africanas
desenvolvessem estaturas tão discrepantes como entre pigmeus (1,50 metro),
habitantes da floresta equatorial, e os saras (1,80 m) que habitam zonas áridas
do continente. É certo que a transformação das sociedades rurais agrícolas em
sociedades urbanas industrializadas interferiu violentamente nessa divisão: um
estudo da média de altura dos recrutas militares franceses entre 1880 e 1970
mostra que a população masculina do país chegou a crescer 7 centímetros nesses
noventa anos. As exceções só confirmam a regra.
A seu modo, Sforza também reforça a tese de que as diferenças
aparentes são mais ligadas a fatores climáticos e ambientais do que a origens
distintas. Em sua árvore genealógica, a cor da
pele não é um critério e nada impede que brancos e negros saiam da mesma
família. Os
branquelos lapões do norte europeu vieram do mesmo grupo — caucasianos — que
originou os escuros berberes da África. As diferenças, assim como a distância
genética, portanto, foram adquiridas através do tempo. Quanto
mais distantes geograficamente, menos as populações se parecem.
“A rede genética mostra que as discordâncias se fizeram durante a colonização
do mundo”, esclarece Langaney.
Embora a cadeia genética de cada uma dessas famílias tenha
sofrido alterações à medida que elas se afastavam e se subdividiam, nenhuma
desenvolveu qualquer tipo de gene específico. Recentemente, Sforza demonstrou
que, além da coincidência geográfica,a
familiaridade genética se superpõe quase sempre a uma familiaridade lingüística.
Ou seja, quanto mais geneticamente próximos os grupos, mais suas línguas se
correspondem.
Arqueologicamente, hoje poucos duvidam da origem africana
do “homem moderno”: supõe-se que ele surgiu
entre a África Central e o Oriente Próximo, há 100.000
ou 150.000 anos. Pelo
menos é o que indicam seus vestígios mais antigos, entre 100.000 e 125.000
anos, encontrados no continente africano. Mas foi com a descoberta do Homem de
Qafzeh, um crânio desenterrado na Palestina, que a tese da migração do Homo
sapiens sapiens começou a se concretizar: Eva, o nome dado ao mais perfeito
exemplar do passado humano, viveu há 92.000 anos. Para Sforza, a data-chave do
momento em que os ramos africanos e não-africanos se separaram para iniciar a
grande andança, espalhando tipos tão diferentes pelos quatro cantos do mundo
que, às vezes, é difícil acreditar virem todos do mesmo ancestral. Para
Langaney e Sforza, apenas mais uma prova da sabedoria do velho ditado popular:
as aparências realmente enganam.
É amigo leitor, podemos dizer filosoficamente: os nossos
sentidos nos enganar….
Abraços do Benito Pepenteressante que muitos vão dizer que o
homem foi criado a imagem e semelhança de Deus, partindo-se dessa premissa e se
esse for o mesmo Homem Moderno como nós o conhecemos, então Deus era Negro.
Muitas pessoas desde criança questionam, por que os homens criados a imagem e
semelhança de Deus são tão diferentes entre si? Por que há Brancos, Negros,
Amarelos etc.? Os Brancos, Amarelos e Índios são “mutações” do homem original
Negro.
Resumindo o trabalho tanto de Langaney quanto de Sforza: se
existem diferenças genéticas entre grupos étnicos, elas
estão somente na freqüência com que cada gene ou grupos de genes se apresentam
nas diversas populações. O que faz, então, com que os etíopes tenham a pele
escura, enquanto os belgas têm pele clara? Ainda é cedo para esperar uma
resposta definitiva, mas hoje há um consenso de que as diferenças são
circunstanciais. “Provavelmente, uma simples questão de clima”, explica
Langaney. Do ponto de vista bioquímico, por
exemplo, não existem classificações como brancos, negros e amarelos: apenas
pessoas com menos ou mais melanina. É essa substância, presente nas
camadas profundas da epiderme, que responde pela coloração da pele, dos cabelos
e dos olhos. Quanto mais melanina, mais escura a pele.
Ainda não conseguimos explicar o mecanismo de incidência do sol
na coloração da pele, nem como isso se transfere hereditariamente, mas sabemos
muito bem, por outro lado, que a síntese da vitamina D depende diretamente dos
raios ultravioleta”, revela Langaney. Presentes em maior quantidade nas zonas
tropicais, esses raios são menos absorvidos por peles escuras do que pelas
claras. A falta de vitamina D, por sua vez, causa raquitismo. “Basta uma
simples olhadela no mapa-múndi para notar que, geograficamente, de acordo com a
região em que se estabeleceram, as populações são menos ou mais claras.” Antes
das grandes migrações que, a partir do século XVI, marcaram a história da
humanidade, todos os grupos de pele mais escura se situavam nas zonas tropicais, enquanto
os mais claros são sempre aqueles próximos das latitudes mais altas. Ao
mesmo tempo, zonas intermediárias, como as Filipinas ou a Índia, são ocupadas
por pessoas de cores igualmente intermediárias.
Segundo a teoria mais aceita atualmente, os homens que migraram
da África Central ou do Oriente Próximo em direção ao norte teriam mudado de
cor de pele para melhor absorver os raios ultravioleta . Assim, escapariam à
ameaça do raquitismo, já que o Sol aparecia menos por lá do que nas terras de
onde, supõe-se, vieram.
Além disso, tudo leva a crer que as
diferenças de cor que notamos entre um negro e um asiático, por exemplo,
ocorreram há pouco tempo na escala de desenvolvimento da humanidade. Principalmente quando comparadas com
características essenciais: é quase certo que o código genético que determina
que todos tenham 4,5 metros quadrados de pele antecedeu em muito o que
determina a coloração da pele. Para usar o mesmo exemplo, a
cor da pele parece levar de 20.000 a 40.000 anos para se modificar.A
conclusão vem do fato de a América ter sido povoada, a partir da Ásia do Norte,
há não mais de 40.000 anos. Este intervalo teria sido suficiente para que a
incidência solar dos trópicos fizesse efeito e escurecesse as populações que
ali se estabeleceram, os ameríndios. “E o que são 40.000 anos diante dos 4
milhões de anos que forjaram biologicamente a espécie humana?”, pergunta
Langaney.
Assim como a cor da pele, as estaturas também parecem estar
ligadas ao tipo de meio ambiente eleito por uma população. E não deve ter sido necessário muito mais
tempo do que o gasto nas mudanças de cor para que populações africanas
desenvolvessem estaturas tão discrepantes como entre pigmeus (1,50 metro),
habitantes da floresta equatorial, e os saras (1,80 m) que habitam zonas áridas
do continente. É certo que a transformação das sociedades rurais agrícolas em
sociedades urbanas industrializadas interferiu violentamente nessa divisão: um
estudo da média de altura dos recrutas militares franceses entre 1880 e 1970
mostra que a população masculina do país chegou a crescer 7 centímetros nesses
noventa anos. As exceções só confirmam a regra.
A seu modo, Sforza também reforça a tese de que as diferenças
aparentes são mais ligadas a fatores climáticos e ambientais do que a origens
distintas. Em sua árvore genealógica, a cor da
pele não é um critério e nada impede que brancos e negros saiam da mesma
família. Os
branquelos lapões do norte europeu vieram do mesmo grupo — caucasianos — que
originou os escuros berberes da África. As diferenças, assim como a distância
genética, portanto, foram adquiridas através do tempo. Quanto
mais distantes geograficamente, menos as populações se parecem.
“A rede genética mostra que as discordâncias se fizeram durante a colonização
do mundo”, esclarece Langaney.
Embora a cadeia genética de cada uma dessas famílias tenha
sofrido alterações à medida que elas se afastavam e se subdividiam, nenhuma
desenvolveu qualquer tipo de gene específico. Recentemente, Sforza demonstrou
que, além da coincidência geográfica,a
familiaridade genética se superpõe quase sempre a uma familiaridade lingüística.
Ou seja, quanto mais geneticamente próximos os grupos, mais suas línguas se
correspondem.
Arqueologicamente, hoje poucos duvidam da origem africana
do “homem moderno”: supõe-se que ele surgiu
entre a África Central e o Oriente Próximo, há 100.000
ou 150.000 anos. Pelo
menos é o que indicam seus vestígios mais antigos, entre 100.000 e 125.000
anos, encontrados no continente africano. Mas foi com a descoberta do Homem de
Qafzeh, um crânio desenterrado na Palestina, que a tese da migração do Homo
sapiens sapiens começou a se concretizar: Eva, o nome dado ao mais perfeito
exemplar do passado humano, viveu há 92.000 anos. Para Sforza, a data-chave do
momento em que os ramos africanos e não-africanos se separaram para iniciar a
grande andança, espalhando tipos tão diferentes pelos quatro cantos do mundo
que, às vezes, é difícil acreditar virem todos do mesmo ancestral. Para
Langaney e Sforza, apenas mais uma prova da sabedoria do velho ditado popular:
as aparências realmente enganam.
É amigo leitor, podemos dizer filosoficamente: os nossos
sentidos nos enganar….
Abraços do Benito Pepe
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