A classe média negra
De cada seis negros que se mexem na pirâmide
social brasileira, cinco estão melhorando de vida
social brasileira, cinco estão melhorando de vida
Daniela Pinheiro
advogada Vera Lucia,
de Brasília: economia investida
na construção de uma casa
para a família na praia.
na construção de uma casa
para a família na praia.
Marques, da TAM:
nos anos 70, não havia um
único piloto comercial negro.
nos anos 70, não havia um
único piloto comercial negro.
Hoje, são vinte.
Adão, primeiro médico negro !

cirurgião plástico mineiro Odo Adão tem 63 anos, é bem-sucedido (cobra de 6.000 a 8.000 reais por operação) e negro. Quando compara os desafios que enfrentou para chegar aonde chegou ao que está acontecendo com os negros hoje em dia, Adão identifica um avanço notável: "Não dá para dizer que o negro viva um momento espetacular atualmente, porque o preconceito existe e a sociedade terá de avançar muito até corrigir isso. O que percebo, no entanto, é que algo de novo está acontecendo. As portas começam a se abrir com menor resistência para aqueles que são competentes. E isso é uma vitória", afirma.
Diretor do Hospital do Câncer de Uberaba e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, amigo de Ivo Pitanguy, Adão foi o primeiro aluno negro na história da escola onde se formou, a Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. Também foi um dos primeiros negros brasileiros a fazer especialização em cancerologia no exterior (Houston, Estados Unidos). O fato de ser uma exceção em cada etapa de sua vida é motivo de orgulho pessoal. Seu pai trabalhava como operário na construção de ferrovias pelo interior do país e sua mãe era dona de casa. Em sua trajetória, Adão enfrentou toda sorte de preconceito. Numa ocasião, um funcionário da alfândega tentou impedi-lo de viajar para a Europa. "Ele ficava me perguntando como eu tinha conseguido comprar o bilhete aéreo", lembra Adão. "Hoje em dia, sinto que isso diminuiu sensivelmente. Afinal, com o aumento do número de profissionais negros bem-sucedidos em várias áreas, aumentou também o número de negros que viajam para o exteri Diretor do Hospital do Câncer de Uberaba e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, amigo de Ivo Pitanguy, Adão foi o primeiro aluno negro na história da escola onde se formou, a Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. Também foi um dos primeiros negros brasileiros a fazer especialização em cancerologia no exterior (Houston, Estados Unidos). O fato de ser uma exceção em cada etapa de sua vida é motivo de orgulho pessoal. Seu pai trabalhava como operário na construção de ferrovias pelo interior do país e sua mãe era dona de casa. Em sua trajetória, Adão enfrentou toda sorte de preconceito. Numa ocasião, um funcionário da alfândega tentou impedi-lo de viajar para a Europa. "Ele ficava me perguntando como eu tinha conseguido comprar o bilhete aéreo", lembra Adão. "Hoje em dia, sinto que isso diminuiu sensivelmente. Afinal, com o aumento do número de profissionais negros bem-sucedidos em várias áreas, aumentou também o número de negros que viajam para o exterior."
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