quarta-feira, 2 de junho de 2010

"Continente Afrcano" 1º Parte

Em primeiro lugar muito axé aos meus irmãos afro-brasileiros, irei levar vocês à conhecer a magia e
o encanto do berço de nossa civilização a nossa Mãe África.
Por: Carlos R. da Silva

África, o terceiro maior continente da Terra, ocupa, com as ilhas adjacentes, uma superfície de cerca de 30.330.000 km2 ou 22% do total da massa terrestre.

Ambiente natural
Com a exceção da costa norte e dos montes Atlas, o território africano é um planalto vasto e ondulado, desfigurado por grandes bacias. A África pode ser dividida em três regiões: o planalto setentrional, os planaltos central e meridional e as montanhas do leste. Em geral, a altitude do continente aumenta de noroeste para sudeste. As faixas litorâneas baixas, com exceção da costa mediterrânea e da costa da Guiné, são estreitas e elevam-se bruscamente em direção ao planalto.
A característica peculiar do planalto setentrional é o Saara, que se estende por mais de um quarto do território africano. Os planaltos central e meridional englobam várias depressões importantes, em especial a bacia do rio Congo e o deserto de Kalahari. Outros elementos ao sul do planalto são as montanhas Drakensberg, na costa a sudeste, e o Karoo.

Conheça o continente Africano
As montanhas orientais, que constituem a parte mais alta do continente, se prolongam desde o mar Vermelho até o rio Zambeze. A região tem uma altitude média superior a 1.500 m, embora no planalto etíope aumente gradualmente até chegar aos 3.000 m. Ao sul do planalto etíope, erguem-se vários picos vulcânicos, como o monte Kilimanjaro, o Quênia e o Elgon. Um elemento topográfico característico é o Rift Valley. A oeste, fica a cordilheira Ruwenzori. Existem seis importantes redes de drenagem, pontilhadas por cataratas, como as cataratas Vitória, ou corredeiras que impedem a navegação.
São as bacias dos rios Nilo, Congo, Níger, Zambeze, Orange e a bacia interior do lago Chade, a maior área de drenagem do continente. Entre os numerosos lagos, destacam-se os de Turkana, Albert, Tanganica, Malavi e Vitória. Podem-se distinguir sete zonas climáticas e de vegetação. No centro do continente e na costa oriental de Madagascar, o clima e a vegetação são tropicais. O clima da costa de Guiné assemelha-se ao clima equatorial, mas tem apenas uma estação de chuvas.
No norte e no sul, o clima próprio de floresta tropical é substituído por uma zona de clima tropical de savana que envolve um-quinto da África. Longe do equador, ao norte e ao sul, a zona do clima de savana transforma-se em uma zona de estepe seca.
As zonas das extremidades noroeste e sudoeste são de clima mediterrâneo. Nos planaltos elevados da África meridional, o clima é temperado. A África tem uma área de clima árido, ou desértico, maior do que em qualquer outro continente, com exceção da Austrália. No Saara ao norte, no Chifre da África ao leste e nos desertos de Kalahari e da Namíbia ao sudoeste, as precipitações anuais são inferiores a 250 mm e a vegetação só aparece nos oásis. No que diz respeito à fauna, a África apresenta duas zonas diferenciadas. A do norte e noroeste, que inclui o Saara e carateriza-se por uma fauna parecida com a da Eurásia (o arruí, o cervo vermelho africano e dois tipos de íbis são originários da costa setentrional africana).
A outra zona é a da África ao sul do Saara, com uma grande variedade de animais, entre os quais estão os antílopes, as girafas, os elefantes africanos, os leões e os leopardos.
A África é riquíssima em recursos minerais. Possui a maioria dos minerais conhecidos, muitos deles em quantidades notáveis. Tem grandes jazidas de carvão, reservas de petróleo e de gás natural bem como as maiores reservas do mundo de ouro, diamantes, cobre, bauxita, manganês, níquel, rádio, germânio, lítio, titânio e fosfato.
População
Na parte norte do continente, inclusive no Saara, predominam os povos caucasóides, principalmente berberes e árabes. Constituem aproximadamente a quarta parte da população do continente. Ao sul do Saara, predominam os povos negróides, cerca de 70% da população africana. Na África meridional, existe uma concentração de povos khoisan, san (bosquímanos) e khoikhoi (hotentotes). Os pigmeus concentram-se na bacia do rio Congo e na Tanzânia.
Agrupados principalmente na África meridional, vivem 5 milhões de brancos de origem européia. Em meados da década de 1980, a população total era estimada em 550 milhões, o que equivale a 11% da população mundial. A densidade demográfica média, cerca de 18 hab/km2, inclui grandes áreas desérticas que são praticamente desabitadas. Quando calcula-se a densidade nas terras produtivas, a densidade aumenta para até 139 hab/km2. As áreas mais densamente povoadas são as costas setentrionais e ocidentais, as bacias dos rios principais e o planalto oriental.
A taxa de natalidade é de 46%. A de mortalidade caiu para 17%. A população cresce anualmente em 2,9% e a metade tem 15 anos de idade ou menos. A população continua sendo de maioria rural e só um-quinto vive em cidades com mais de 20.000 habitantes. O crescimento urbano aumentou muito a partir da década de 1950. O norte é a zona mais urbanizada.
Na África, falam-se mais de mil línguas diferentes. Além do árabe, as mais faladas são o suaíle e o hauçá. As principais famílias ou grupos idiomáticos são o congo-cordofanês, o nilo-saariano, o camito-semítico ou afro-asiático e o das línguas khoisan. Ver Línguas africanas.
O cristianismo, a religião mais difundida, e o islamismo são as principais religiões. Cerca do 15% dos povos africanos praticam religiões animistas ou locais. Ver Religião.
Grande parte da atividade cultural africana concentra-se na família e no grupo étnico. Com a intensificação do nacionalismo, a cultura tradicional africana teve recentemente um importante ressurgimento. Ver Literatura africana.
Economia
Em sua maioria, os africanos são tradicionalmente agricultores e pastores. A colonização européia aumentou a demanda externa de determinados produtos agrícolas e minerais. Para atendê-la, construíram-se sistemas de comunicação, introduziram-se cultivos e tecnologia europeus e desenvolveu-se um moderno sistema de economia de intercâmbio comercial, que continua coexistindo com a economia de subsistência.
Embora cerca de 60% de toda a terra cultivada seja ocupada pela agricultura de subsistência, a África produz e exporta mais da metade da produção mundial de cacau, mandioca, cravo e pita.
As fazendas e plantações, propriedades de europeus e situadas na África oriental e meridional, produzem cítricos, tabaco e outros produtos alimentares destinados à exportação. Fora das áreas de floresta, pratica-se a agropecuária extensiva, mas raramente com finalidade comercial.
Embora um quarto do território africano seja coberto por florestas, grande parte da madeira só tem valor como combustível. Gabão é o maior produtor de okoumé, um derivado da madeira usado na elaboração de compensado (madeira em chapa). Costa do Marfim, Libéria, Gana e Nigéria são os maiores exportadores de madeira de lei. A pesca interior concentra-se nos lagos do Rift Valley.
A pesca marítima, que é muito difundida e voltada para o consumo local, adquire importância comercial no Marrocos, na Namíbia e na África do Sul.
A mineração representa a maior receita dentre os produtos exportados. As indústrias de extração mineral são o setor mais desenvolvido em boa parte da economia africana. A África responde por cerca de um-terço da produção mundial de urânio, por 20% das reservas mundiais de cobre, 90% do cobalto e três-quartos do ouro mundial. Além disso, Serra Leoa tem a maior reserva conhecida de titânio. As minas da África do Sul e do Zaire produzem praticamente a totalidade das gemas e dos diamantes industriais do mundo. O grosso da riqueza mineral é explorado por grandes empresas multinacionais.
A nação mais industrializada é a África do Sul, embora já tenham sido implantados notáveis centros industriais no Zimbábue, no Egito e na Argélia. Em boa parte da África, a manufatura limita-se à fabricação ou à montagem de bens de consumo.
História
Há aproximadamente 5 milhões de anos, um tipo de hominídeo habitava o sul e o leste da África. Há cerca de 1,5 milhão de anos, esse hominídeo evoluiu para formas mais avançadas: o Homo habilis e o Homo erectus. O primeiro homem africano, o Homo sapiens, data de mais de 200.000 anos (ver Hominização). A população negróide, que dominava a domesticação de animais e a agricultura, expulsou os grupos bosquímanos para as zonas mais inóspitas. No primeiro milênio a.C., o povo banto, um dos grupos dominantes, começou uma migração que durou 2.000 anos e povoou a maior parte da África central e meridional.
A primeira grande civilização africana começou no vale do Nilo por volta de 5000 a.C. O reino do Egito desenvolveu-se e influiu nas sociedades mediterrâneas e africanas por milhares de anos.

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